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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Neymar, futebol e educação

O país vive uma crise na educação, de forma geral, que se iniciou na esfera familiar, com uma geração onipotente, e protegida pelos pais. Essa crise se projeta na quebra de autoridade, por parte dos jovens, de todas as figuras que possuem um poder maior, e tem o apoio da família, que confunde amor com proteção.
Em nosso sistema de ensino há uma superproteção dos alunos, reflexo do combate ao nosso arcaico sistema educacional e, principalmente, da herança da educação do período da ditadura. Soma-se a isso a atitude dos pais que tendem a justificar as atitudes dos filhos em demérito das decisões de seus professores.
Em uma nação que respira futebol, o técnico, conhecido como “professor”, recebe o reflexo dessa (má) educação. Seja o que tenha motivado Dorival Jr. a manter a suspensão de Neymar, ficou claro que o “professor” não poderia punir seu pupilo, mas que este poderia desrespeitar seu superior. Tanto no clube de futebol quanto na escola o pupilo é a fonte, ou a razão, no caso das escolas públicas, da renda e existência da instituição, mas isso não pode servir como justificativa para se aceitar um comportamento que degrade a autoridade do professor.
O conflito entre Dorival Jr. e Neymar foi exemplar, pois escancarou o caso de um garoto cujo pai dá entrevistas pra dizer que o filho é perseguido, cujo técnico defendia suas provocações aos atletas rivais e cujo clube demite o técnico que decidiu manter a “lição” que educaria o garoto.
O futebol também se insere, agora, no cenário educacional, em que aquele que deveria ser educado tem poder sobre quem educa, seja na lição, seja na tática do futebol.

6 comentários:

Vitinho 8A disse...

Acho que ele[Neymar] fez coisa errada, mas quanto ao Dorival, ele estava certo, nao deveria ter sido tirado do time. Um jogador derrubar técnico é demais né...

Ana Cláudia 9º A disse...

Eu acho que o que o Neymar fez ta errado. Mesmo eu sendo santista e achando que ele joga muita bola, não se faz isso com um técnico porque ele é a autoridade principal do time, e tem obedecer. Por isso eu achei certo o Mano Menezes ter tirado ele da seleção porque é tirando alguns privilégios que ele vai aprender o que é educação

Matheus disse...

Isso é um absurdo, como um jogador pode ter tanta influencia assim em cima da direção de um clube? É triste ver que o Dorival saiu por causa do Neymar, certamente há uma certa inversão de valores entre o jogador e o técnico

Anônimo disse...

Essas atitudes refletem o grande descaso dos governantes com relação à educação em todo o país. A educação deveria ser prioridade. Como é que o país quer se desenvolver se não tem condições de preparar os futuros cidadãos para uma vida de respeito? Em vez disso, é melhor priorizar outras coisas.

Toda essa bagunça e desrespeito é a inversão de valores. Se o jovem "manda no superior", a situação já é gravíssima. A situação se agrava mais ainda pela falta de incentivo no corpo docente das escolas.

A política externa do Brasil é excelente, podemos nos orgulhar disso, mas a política interna ainda é deficitária e não consegue priorizar o mais importante: A EDUCAÇÃO.

Na televisão aparecem vários casos de professores que agrediram alunos. Se pararmos para pensar, os jornais só falam a versão dos alunos, e quase nunca a do professor. Nada justificaria a agressão, mas acredito que para o professor ter agredido o aluno, este deve ter passado de todos os limites.

Eric 1ªA

Ana 1A disse...

Tanto na educação escolar como no futebol está tendo uma inversão de valores,onde quem comanda passa a não ter voz...mas como tudo ;quem manda é o dinheiro, no futebol quem dá o show é Neymar e não seu tecnico e obviamente quem traz patrocinio para o clube e dinheiro é o jogador e não o técnico.
Assim são escolas ,como precisam do dinheiro dos alunos para se manter engolem desrespeitos, e má conduta dos alunos.Resultado o dinheiro é que manda em tudo!!!!
Ana Carolina 1ºA

Unknown disse...

"Tanto no clube de futebol quanto na escola o pupilo é a fonte, ou a razão, no caso das escolas públicas, da renda e existência da instituição, mas isso não pode servir como justificativa para se aceitar um comportamento que degrade a autoridade do professor."
Pra mim, essa é a frase-chave que pode resumir o texto todo. E o time de futebol, logicamente, para não perder o seu "ídolo", demite Dorival Jr. ao invés de demitir o Neymar. Como o Germano falou: o fato do jogador ser a razão da renda e da existência da instituição, isso não justifica a aceitação do comportamento do Neymar.


Lemos 9ºA